Mogi Guaçu
Mogi Guaçu situa-se no interior do Estado de São Paulo, na Região Administrativa de Campinas, Região Fisiográfica de Pirassununga, em parte da depressão periférica e no planalto arenítico basáltico, apresentando um relevo cortado pelo Rio Mogi Guaçu e seus afluentes. O solo é pobre, formado por rochas arenosas e, em certos trechos, como as encostas, formam afloramentos basálticos.
Dados do Município:
Longitude: 46 e 56 graus de Longitude Wgr
Latitude: 22 e 21 graus de Latitude Sul
Área do município: 812,163km²
Altitude: 588m (área central da cidade)
Geologia: o município está assentado sobre o Grupo Tubarão
Clima: inverno seco e verão chuvoso
Chuvas: 1.162,7mm/ano
Ventos: permanentes (sudoeste, 25km/hora). Periódicos (suleste, 35 a 40 km/hora, entre agosto e outubro)
Hidrologia: Rios Mogi Guaçu, Orissanga e das Pedras.
Limites: Norte (Aguaí e Estiva Gerbi); Oeste (Pirassununga); Leste (Espírito Santo do Pinhal e Itapira); e Sul (Mogi Mirim e Conchal).
De acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2021, o município possui 154.146 habitantes.
A economia da cidade é voltada à agricultura, pecuária e atividade industrial.
Agricultura: tomate, laranja, cana de açúcar, algodão e outras modalidades.
O tomate "de mesa" ou "estaqueado", cultivado no primeiro semestre, ocupa o 2º lugar na produção do Estado. A produtividade da laranja é maior com relação à média do Estado, de 2,0 cx/pé. Mogi Guaçu produz 2,5 cx/pé porque aqui se encontra a maior Fazenda de Citrus irrigada da América Latina, com dois milhões de pés.
Indústrias: metalurgia, celulose e papel, alimentos e cerâmica.
O comércio também alcançou independência, atraindo consumidores de cidades vizinhas. Depois da Indústria e da Construção Civil, é o setor que mais emprega na cidade.
História
Emancipação político-adminstrativa: 9 de abril de 1877 (145 anos).
O município de Mogi Guaçu é cortado pelo rio que originou seu nome, cujo significado, na língua dos primeiros habitantes, é "Rio Grande das Cobras". Com a chegada dos bandeirantes, que viajavam rumo ao oeste mineiro e a Goiás em busca do ouro, a população indígena foi diminuindo e, às margens do rio Moji-Guaçu, foi formado um vilarejo para dar pouso aos desbravadores.
O desenvolvimento econômico começou com a produção de café e após a instalação do ramal ferroviário da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro (1875). Em 9 de abril de 1877, a Freguesia de Conceição do Campo tornou-se Mogi Guaçu. Passou a ser Comarca somente em 30 de dezembro de 1966.
Com a abolição da escravatura, deu-se início à fase industrial através de imigrantes italianos que instalaram as primeiras cerâmicas. O pioneiro foi o Padre José Armani com sua fábrica de telhas. As cerâmicas ainda fazem parte do cenário empresarial do município.
Hino do Município
O Hino de Mogi Guaçu foi promulgado em 29 de agosto de 2007 pela Lei Municipal n° 4.385, pelo então prefeito Hélio Miachon Bueno. A data foi escolhida em comemoração aos 130 anos do município, fundado em 9 de abril de 1877. Desde então, a letra e a música do hino foram declaradas patrimônio cultural da cidade. A composição da obra foi feita por Ademir Sebastião Bernardi, responsável pela letra, e Wildes Antonio Bruscato, responsável pela melodia. A letra faz menção às cerâmicas - um dos símbolos da cidade -, ao Rio Mogi Guaçu e aos bandeirantes.
Letra:
Despertando pra aurora da vida,
Este povo de grande valor
Levantou chaminé, que erguida,
É a bandeira da raça e labor.
A fumaça desenha no céu
Braço forte desta brava gente
Que recebe a quem aqui chega
Pra plantar uma fértil semente.
Neste nobre berço,
Terra sagrada por Bandeirante,
O seu povo forma
Elos de uma paz gigante.
Rio que corta seu pródigo seio
É a artéria do seu coração.
Caudaloso, fecundo desliza
Dando fé a este povo em ação.
Este celebre chão se orgulha
De colher cada dia um sucesso.
Da estrada de bois ao asfalto,
Há notícia do nosso progresso.
Esta é Mogi Guaçu:
Alegre terra e dadivosa.
Em seu seio encerra
Tradição laboriosa.
Hino do Município
O uso da Bandeira Municipal foi instituído pela Lei n° 492, em 22 de julho de 1966, pelo então prefeito Antônio Giovani Lanzi. Ela carrega as cores amarelo e vermelho com o Brasão ao centro. Cada cor tem seu significado: o vermelho, por exemplo, representa um tipo de argila abundante na região, o taguá, enquanto que, o amarelo, a riqueza que essa argila trouxe para o município.
Brasão do Município
Em 21 de agosto de 1959, o então prefeito Carlos Franco de Faria promulgou a Lei Municipal n° 243, que instituiu o Brasão de Armas do município. O Brasão remete ao desenvolvimento histórico da cidade. Ele pode ser descrito na sua composição como um escudo redondo, português, dividido em três partes, alçado por uma coroa mural de prata e, no alto de sua porta principal, um escudete ovalado blão (azul) com uma flor de lis. Ao lado esquerdo do Brasão, tem destaque no fundo azul um gibão de bandeirante e, no lado direito, no fundo goles (vermelho), um forno de olaria de prata. No terceiro campo, sínople (verde), uma faixa de prata ondulante, com um suporte à direita de um ramo de café frutificado e à esquerda um ramo de algodoeiro encapulhado. Em um listel ou moldura de prata, no fundo do Brasão, escritos em letras goles (vermelha), a legenda latina "Honor et Glória".
O algodão, o café e o gibão são referentes aos bandeirantes e o forno de olaria às cerâmicas. As partes verdes do Brasão significam os campos e a faixa branca sinuosa que corta a parte verde representa o Rio Mogi Guaçu.